domingo, 28 de agosto de 2011

Aula 4

Mitos sobre empreendedores

MITO 1: Empreendedores nascem feitos.

Realidade: Embora empreendedores nasçam com uma certa inteligência, vontade de criar e energia, sua formação depende da acumulação de habilidades relevantes, experiência, contatos.

MITO 2: Qualquer um pode começar um negócio.

Realidade: Pode. Sobreviver e florescer é que são elas. Empreendedores que entendem a diferença entre uma idéia e uma oportunidade e pensam grande têm mais chances de ser bem-sucedidos.

MITO 3: Dinheiro é o fator mais importante para montar uma empresa.

Realidade: Se as outras peças e o talento estão no lugar, o dinheiro virá. Dinheiro é como o pincel e a tinta para um pintor - materiais que, nas mãos certas, produzem maravilhas.

MITO 4: Empreendedores não têm chefe e são completamente independentes.

Realidade: Todo mundo é chefe do empreendedor: seus sócios, investidores, clientes, fornecedores, empregados, família, comunidade. Mas os empreendedores podem escolher as exigências que vão atender, e quando.

MITO 5: Empreendedores devem ser jovens e cheios de energia.

Realidade: Essas qualidades podem ajudar, mas idade não é barreira. O que é crítico é possuir o conhecimento relevante, experiência e contatos que facilitam reconhecer e agarrar uma oportunidade.

MITO 6: Empreendedores trabalham mais do que executivos de grandes companhias.

Realidade: Alguns trabalham mais, outros não.

MITO 7: Empreendedores são lobos solitários.

Realidade: Os empreendedores mais bem-sucedidos são líderes que constroem grandes equipes e ótimos relacionamentos com pares, diretores, investidores, clientes, fornecedores e outros.

MITO 8: Empreendedores são jogadores.

Realidade: Empreendedores bem-sucedidos calculam muito bem os riscos. Eles tentam influenciar o jogo de probabilidades, freqüentemente atraindo outros para dividir os riscos com eles.

MITO 9: Empreendedores querem o show todo só para eles.

Realidade: Privilegiar o próprio ego coloca um teto nas possibilidades de crescimento. Os melhores empreendedores geralmente sabem construir um time, uma organização, uma companhia.

MITO 10: Empreendedores sofrem um estresse tremendo.

Realidade: Sem dúvida, mas não há evidências de que o empreendedor sofra mais estresse do que outros profissionais com muita responsabilidade. A maioria dos empreendedores, ao contrário, acha seu trabalho muito satisfatório.

Quem é o empreendedor?

“O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade”

É alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito.

Ao definir o que vai fazer, ele leva em conta seus sonhos, desejos, preferências, o estilo de vida que quer ter.

Desta forma, consegue dedicar-se intensamente, já que seu trabalho se confunde com o prazer.

Fernando Dolabela

Plano de Negócio

É o resultado de uma metodologia de planejamento que permite colocar para funcionar virtualmente, ou no papel uma idéia ou sonho de negócio

Um plano de negócio descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais de produção, de inserção no mercado e faz uma previsão dos resultados financeiros.

O plano de negócio é uma ferramenta moderna que potencializa e torna mais tangíveis todos os argumentos de quem precisa demonstrar que sua visão ou sonho pode ser transformada num negócio real e lucrativo

Há uma enorme diferença entre falar com alguém sobre uma idéia e apresentar um bem elaborado plano de negócio provando que a idéia é operacional, tem mercado e é economicamente viável.

A estratégia de inserção de um empreendimento no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento de um negócio

É a grande inovação, que em conjunto com modernas técnicas de análise e projeção financeira, transformaram o plano de negócio numa ferramenta de gestão imprescindível tanto para uma micro como para uma mega empresa, tanto para uma empresa a ser criada como para uma empresa madura.

Visão de Mercado

Economia brasileira em desenvolvimento gerando expectativas de mudanças

Sociedade em busca de alternativas para superar seus dilemas, contando com pouco recurso financeiro

Profissionais cada vez mais capazes de atuar nas mais diversas áreas com elevada competência

Grandes e pequenas empresas geridas por profissionais empreendedores

Reflexão

“Está previsto que o centro das atenções não será mais os tradicionais fatores de produção (matérias primas, trabalho e capital), mas sim a informação e as pessoas.

A diferença fundamental comparada com estes fatores de produção é que a informação não é um bem escasso, pelo contrário, existe em excesso”.

“Qualquer individuo que tenha a frente uma decisão a tomar pode aprender a ser um empreendedor e se comportar empreendedorialmente. O empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E suas bases são o conceito e teoria, e não a intuição.”

Peter Drucker

Aula 3

Comportamento empreendedor

Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o sucesso nos negócios depende principalmente de nossos próprios comportamentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão quanto se imaginava até pouco tempo atrás.

As coisas podem ficar melhores

Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode ser melhorado

Ele compreende que não será nada fácil traduzir esta frase em resultados e por isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar

É a primeira pessoa a se responsabilizar caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento

Empreendedores gostam de mudanças.

A arte de ver mais longe e evoluir com erros

Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se em ciência, que por sua vez é utilizada para fins evolutivos

Logo não parece ser apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know how de empreendedores em ambientes de negócios

Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não apreciam situações de normalidade ou mediocridade

Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o invisível. A isso, intitula-se a famosa máxima: Empreendedores possuem visão.

Empreendedores adoram não como resposta

Inovações em corporações e corporações com inovações, surgem em sua maioria das vezes, em momentos de necessidade

Momentos de necessidade demandam grandes soluções, que por sua vez, demandam grandes idealizadores

Para qualquer solução necessária, exigi-se riscos e tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis

Empreendedores adoram não como resposta

Em resumo, alguém precisa ter "estrutura" profissional e emocional para ir em direção contrária do fluxo praticado

Em primeira instância e, em 99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos. "Não, isto não vai dar certo".

Empreendedores adoram não como resposta, eles seguem adiante exaurindo possibilidades e visionando o por vir.

Processos que envolvem fatores críticos

Aprender a aprender;

Aprender a ser;

Aprender a fazer;

Aprender a conviver;

Aprender a conhecer;

Aprender a ouvir

Aprender significa adquirir

Conhecimento sobre o negócio;

Habilidade para montar, manter e desenvolver um empreendimento;

Atitude de quem sabe aonde quer chegar e se preocupa em fazer bem-feito.

Conhecimento sobre o negócio;

Habilidade para montar, manter e desenvolver um empreendimento;

Atitude de quem sabe aonde quer chegar e se preocupa em fazer bem-feito.

Como age o empreendedor?

Identifica a oportunidade;

Agarrar a oportunidade;

Aproveitar a oportunidade

Oportunidades de Negócios

É quando o processo de empreender inicia.

Para encontrá-las é preciso estar atento ao mercado, seu crescimento, suas carências, suas tendências e diversificação.

Idéia é diferente de oportunidade

Não saber distinguir entre uma idéia e uma oportunidade é uma das grandes causas de insucesso.

Oportunidade de Negócios x Idéia

As oportunidades de negócios se diferenciam das idéias no sentido em que oferecem a possibilidade de ocupar um nicho de mercado.

Elas preenchem espaços desocupados até então.

Fontes de idéias

Negócios existentes

Franquias e patentes

Feiras e exposições

Licenças e patentes

O empreendedor é alguém muito criativo, que consegue ver coisas onde os outros nada vêem: as oportunidades.

O empreendedor é alguém capaz de definir algo a partir do nada, do indefinido

Não fui procurar emprego, fui procurar clientes” Dilma Abidias

Desempregada, ela decidiu vender salgadinhos na praia. Após um dia cansativo, sem vender nada, sentou-se na areia e ficou OBSERVANDO o movimento.

Descobriu que as mães têm a obsessão de lavar as mãos sujas das crianças antes que comam alguma coisa.

Começou então a carregar um isopor com água potável. Depois ampliou seus negócios.

No posto 9 de Ipanema começou a alugar óculos escuros e bronzeadores.

PERCEBEU que os pais separados não lembravam do protetor para os filhos.

sábado, 27 de agosto de 2011

A visão do futuro - sinopse do filme

Por Joel Barker

Alguém já disse que precisamos prestar atenção no futuro, porque é nele que iremos passar os resto das nossas vidas. Porém, às vezes, isso não passa de palavras para muitas pessoas que acabam ficando quase que totalmente amarradas ao presente, ou então sonham sobre o futuro mas não fazem nada a respeito. E assim, os sonhos parecem no melhor dos casos uma ilusão e no pior, impossíveis. Mas pensar dessa forma no futuro é um engano.

Vamos falar aqui sobre porque as visões positivas do futuro são tão importantes, mesmo essenciais, para nações e organizações, corporações e comunidades, indivíduos jovens e velhos, sem deixar de fora qualquer um de nós que queira fazer uma diferença no mundo.

Joel Barker começou seus estudos sobre o futuro em 1973, no final da guerra do Vietnã. A OPEP controlava os preços da energia, Wather Gate estava no início e a inflação disparava, fora de controle, no mundo inteiro. Para muita gente - dos capitães da indústria aos transeuntes na rua – os problemas do presente pareciam tão avassaladores que parecia infrutífero ficar pensando no futuro. Mesmo assim, em meio a toda essa turbulência e pessimismo, Barker encontrou o trabalho de três pesquisadores que lhe provaram que ter a atitude exatamente oposta; uma atitude positiva era muito melhor. Cada um desses estudiosos, a seu modo, o convenceu de que é essencial que pensemos a respeito, sonhemos com e eventualmente imaginemos nosso futuro. E especialmente nos tempos mais difíceis.

Joel Barker acredita que ter uma visão positiva do futuro talvez seja o mais poderoso motivador que você e eu possuímos para a mudança. E agora vamos verificar como estas idéias se encaixam e, como usar estas idéias para tornar nossas organizações, as nossas famílias, as nossas vidas mais ricas e mais proveitosas.

Começamos nossa viagem aqui, ... ATENAS, GRÉCIA ... devido ao estudioso holandês Fred Polack que escreveu o livro intitulado “A Visão do Futuro”. Polack estava extremamente interessado na relação entre as as nações e suas imagens do futuro. Ele fez uma pergunta do tipo o ovo da galinha: Será que a imagem positiva do futuro de uma nação é a conseqüência do sucesso da nação ou será que o sucesso de uma nação é a conseqüência de sua imagem positiva do seu futuro. E em busca da resposta a esta pergunta ele estudou a literatura de muitas nações antigas e modernas para ver quão positivamente escreviam sobre seus futuros e até que ponto suas expectativas se concretizaram. O que ele encontrou se acha perfeitamente simbolizado aqui, no Parthenon.

O Parthenon, primeiro foi uma visão na mente do arquiteto. Da mesma forma, os gregos imaginaram o futuro de sua cultura. Como aconteceu tudo isso? Bom!, os gregos começaram com os sonhos. Mas então trocaram os sonhos por algo muito mais forte: a visão.

A visão é o resultado dos sonhos em ação. O que Polack descobriu em suas pesquisas foi que uma visão significativa antecede um sucesso significativo. Em um caso após outro ele viu o mesmo padrão emergindo. Primeiro, uma visão impressionante era mostrada pelos líderes. Então essa imagem era compartilhada com suas comunidades as quais concordavam em apóia-las. Então, juntos, trabalhando em sintonia, eles tornavam a visão uma realidade.

Este foi o caso na Grécia, 2500 anos atrás, e o mesmo aconteceu em Roma e na Espanha, em Veneza, na Inglaterra, na França. Foi o mesmo padrão nos EUA e ainda hoje podemos notar o poder da visão varrendo o mundo inteiro, da Europa oriental à costa do pacífico. O que parece especialmente interessante na pesquisa de Polack é o fato de que muitas dessas nações, quando começaram sua escalada para a grandeza, não contavam com recursos adequados, nem a base populacional crítica, nem uma vantagem estratégica evidente. Na verdade, venceram contrariando as probabilidades. O que elas tinham de fato, era uma visão profunda de seus próprios futuros e este é o ingrediente principal, não o único, mas o primeiro e mais importante. As nações com visão são capazes de muitas coisas. Nações sem visão estão em perigo.

Joel Barker, o autor desta palestra, era professor numa escola e depois de ter lido Fred Polack, percebeu que o que Polack dizia sobre as nações também se aplicava às crianças. As crianças são profundamente afetadas por suas visões do futuro. Na sua experiência, Barker havia notado um padrão. Os melhores dos seus alunos sempre sabiam para onde estavam indo e o que iriam fazer com suas vidas. Quando leu o trabalho acadêmico de Benjamim Singer, “A Imagem do Papel Voltada para o Futuro”, descobriu que suas observações eram muito bem sustentadas por diversas pesquisas. O trabalho compilado por Singer apontava que alunos de desempenho fraco quase não tinham idéia do seu futuro. Seu enfoque era limitado a curto prazo e eles acreditavam que sua capacidade de moldar seus futuros estava nas mãos do destino e pessoalmente eram impotentes. As pesquisas também destacaram que os alunos de sucesso tinham um senso pessoal de controle sobre os seus futuros e pensavam em horizontes de tempo dali a cinco ou dez anos. Um aspecto específico da pesquisa deixou Barker intrigado. Para identificar os alunos de sucesso, o QI e o nível da família não eram os principais indicadores do sucesso. Alguns dos alunos mais bem-sucedidos vinham de situações familiares e sociais muito difíceis e não haviam se saído bem nos testes de QI. Alguns dos alunos fracassados tinham os QI altíssimos e provinham das melhores famílias. Logo, qual era o fator de diferenciação? A visão. O que todos os alunos de sucesso tinham, era a visão profunda e positiva de seus futuros.

Aqui é Aushwitz. Parece um lugar estranho para se vir falar sobre visão. Durante a segunda guerra mundial milhões de pessoas, a maioria judeus mais poloneses, russos e ciganos também, foram levados à morte em campos como este. O motivo de termos vindo aqui é para analisar a importância da visão nas piores condições possíveis.
Foi aqui que o terceiro pesquisador que influenciou Barker fez suas descobertas. Seu nome era Victor Frankel e era psiquiatra em Viena. Ele tinha muitos pacientes, levava uma vida boa e era judeu.

Quando irrompeu a segunda guerra mundial foi cercado pelos nazistas junto com milhares de outros e trazido num trem de carga para este inferno na terra. Quando chegou aqui, Frankel traçou três metas para si: 1, sobreviver; 2, usar suas habilidades médicas para ajudar e; 3, tentar aprender alguma coisa. Imagine isso, tentar aprender alguma coisa em meio ao holocausto. Mas Frankel conseguiu atingir suas três metas. E depois da guerra retornou à Viena e escreveu o seu tão consagrado livro “A Busca do Significado pelo Homem” no qual explicou o que havia aprendido. No seu livro, Frankel reconheceu que a maioria dos prisioneiros era executada pouco tempo depois de chegar. Mas Frankel concentrou seus estudos naqueles que, como ele mesmo, em vez disso, foram postos a trabalhar sob as piores condições imagináveis. Milhões morreram. Mas entre aqueles que sobreviveram Victor Frankel encontrou uma linha comum, um traço essencial à sobrevivência. Todos aqueles que tinham conseguido sobreviver ainda tinham algo importante para fazer em seus futuros. Deixe-me repetir isso: todos aqueles que tinham conseguido sobreviver ainda tinham algo importante para fazer em seus futuros. E aqui vemos o padrão novamente, o poder de uma visão do futuro para ajudar a vencer uma chance incrivelmente pequena. Deixe-me exemplificar com uma das histórias de Frankel. “Dois homens pretendiam se suicidar; era um acontecimento comum aqui no campo. Seus amigos, literalmente, salvaram suas vidas lembrando-lhes de seus futuros. Para um, o seu filho que o adorava e que o esperava num país seguro. Para o outro era uma coisa, não uma pessoa. Esse homem era um cientista que havia escrito uma série de livros que ainda precisava ser terminada. Seu trabalho não poderia ser feito por ninguém mais. E quando foram lembrados de suas responsabilidades para com o futuro eles aceitaram e tiveram forças para agüentar e sobreviver”. Funcionou para Frankel também. Ele escreveu: “Quase em pranto pela dor eu continuava pensando nos inúmeros pequenos problemas de nossa vida miserável, o que havia para comer à noite? Se vier um pedaço de salsicha como ração extra devo trocá-la por um pedaço de pão? Devo trocar meu último cigarro - que foi o resto de um presente que eu recebi há duas semanas – por um prato de sopa? Como posso arrumar um pedaço de arame para substituir o outro que amarrava um dos meus sapatos? Quem poderia me arranjar trabalho no campo em lugar de ter de agüentar essa marcha diária terrivelmente longa? Fiquei aborrecido com a situação das coisas que me obrigava a pensar todo dia e toda hora somente nessas coisas banais. Eu forcei a minha mente para mudar para outro assunto. De repente, eu me vi no palco de um auditório bem iluminado, quente e muito agradável. Diante de mim havia uma platéia atenta em cadeiras estofadas confortáveis. Eu estava dando uma palestra sobre a psicologia no campo de concentração. Com este método eu consegui, de certo modo, passar por cima da situação, por cima do sofrimento daqueles dias". E ele os observava como se agora já tivesse passado.

A mensagem de Frankel é clara. É essencial, para você, pra mim, ter alguma coisa ainda importante ainda por fazer, ter uma visão positiva do nosso futuro. Porque é isso que dá significado à vida. Frankel escreveu: “É uma peculiaridade humana só ser capaz de poder viver olhando para o futuro”. E esta é a sua salvação, até mesmo nos momentos mais difíceis de sua existência.

Há uma história que eu queria contar a vocês. Ela foi inspirada nas obras de Lorenh Isley. Isley era uma pessoa muito especial porque combinava o melhor de duas culturas. Ele era cientista e poeta. E dessas duas perspectivas ele escreveu obras profundas e atraentes sobre o nosso mundo e nosso papel nele.

Era uma vez, um homem muito sábio que costumava ir à praia para escrever. Ele tinha o costume de caminhar pela praia antes de começar a trabalhar. Um dia ele estava passeando pela areia. Ao olhar mais adiante ele viu um vulto humano que parecia estar dançando. Ele sorriu ao pensar em alguém que dançasse o dia todo. Então, ele apertou o passo para alcançá-lo. Quando chegou mais perto viu que se tratava de um rapaz, e que o rapaz não estava dançando mas estava se abaixando, pegando algo na areia e cuidadosamente atirando ao oceano. Quando chegou mais perto ele gritou:

- Bom dia, o que você está fazendo?

O jovem parou, olhou para ele e respondeu:

- Jogando estrelas-do-mar no oceano. Eu acho que devia ter perguntado porque está jogando estrelas-do-mar no oceano. O sol está à pino e a maré está baixando. Se eu não as jogar lá elas vão morrer.

- Mas meu caro, você não percebe que há milhas e milhas de praia e estrelas-do-mar em todas elas? É impossível fazer alguma diferença.

O jovem escutou atentamente. Então, se curvou, pegou uma estrela-do-mar e a jogou no mar para lá da arrebentação e disse:

- Fez diferença para essa aí.

Sua resposta surpreendeu o homem; ele ficou confuso, não sabia o que responder. E assim, ele virou às costas e voltou para casa para começar a escrever. O dia inteiro, enquanto escrevia, a imagem daquele rapaz ficou em sua mente. Ele tentou ignorá-la mas a visão persistia. Finalmente, ao cair da noite, ele percebeu que, ele, o cientista; ele, o poeta, havia deixado passar a natureza básica da atividade do jovem. Foi quando ele percebeu que o que o jovem fazia era uma opção por não apenas ser um observador no universo e vê-lo passar, pois ele optara por agir no universo e fazer alguma diferença. Ele ficou envergonhado. E naquela noite foi se deitar preocupado. Ao raiar da manhã acordou sabendo que devia fazer alguma coisa. Então, se levantou, vestiu suas roupas, foi à praia e encontrou o jovem. E junto com ele passou toda a manhã jogando estrelas-do-mar no oceano.

Percebem, o que os atos daquele jovem representa? É uma coisa muito especial em cada um de nós. Todos nós fomos dotados da capacidade de fazer alguma diferença, e se pudermos, como aquele rapaz, nos conscientizarmos dessem dom, conquistaremos, através da força de nossas visões, o poder de moldar o futuro. E este é o desafio de vocês, também o meu desafio. Cada um precisa achar a sua estrela-do-mar. E se jogarmos nossas estrelas sabiamente e bem, não tenho dúvida de que o século vinte e um será um lugar maravilhoso.

Lembrem-se:

Uma visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo.
Uma visão com ação pode mudar o mundo.

MATERIAL OBTIDO EM UM VÍDEO DE TREINAMENTO


Fonte: http://www.reginaldo.cnt.br/leitura/motivacao/rege-a-visao-do-futuro.htm

Visão de futuro - Texto para leitura

Recebi este artigo da HSM e gostaria de compartilhar com vocês, pois é muito interessante e trata de um assunto fundamental na vida de um empreendedor, a sua visão de futuro. O título do artigo é “Visão futura, um caminho para o sucesso” e foi escrito por Lourival Mariano que é diretor da Petink, empresa especializada em impressões de grandes formatos.

Antes de abrir meu próprio negócio, conversei com muitas pessoas que já tinham seguido esse caminho e percebi que existem dois tipos de empreendedores: os que gerenciam a empresa de acordo com as necessidades que surgem ao longo do tempo e aqueles que planejam as ações que vão tomar. Na maioria dos casos, os que traçavam planos e objetivos precisos conseguiam obter mais sucesso. Por isso, resolvi aprender mais sobre como planejar e quando me aprofundei nos estudos descobri que existia uma prática chamada “visão futura”, que permitia produzir mais do que um “mapa” a ser seguido, mas concretizar nossos objetivos na esfera do pensamento, para depois tornar isso realidade.

Esse tipo de planejamento não está ligado somente ao ato de estabelecermos objetivos a serem alcançados, mas, sim, a uma reflexão maior, que nos permite realmente enxergar aquilo que vamos passar no futuro. Pode parecer estranho no começo, como já ouvi de alguns colegas “isso está mais para conversa de gurus do que para estratégias de gerenciamento de empresas”, mas de fato funciona.

Um bom exercício para desenvolver essa habilidade, além de treinar e ampliar a capacidade mental de visualizar o que se quer obter, é o de criar o hábito de colocar nossos sonhos no papel. Escrever tudo o que queremos. E o mais importante: como pretendemos conseguir isso. No início, podemos nos fixar em um ponto não muito distante, cerca de um ou dois anos à frente. Quanto mais detalhado for a descrição feita no papel, maior é a possibilidade de tudo acontecer na “vida real”. Nessa fase de adaptação à visão futura, é importante se comprometer em analisar como você está se saindo em relação àquilo que escreveu, para que possa corrigir suas ações e chegar ao sucesso.

Na empresa de comunicação visual que dirijo há dezoito anos, costumo deixar tudo anotado para os próximos cinco anos. Com a ajuda do sócio, desenvolvi uma ferramenta que permitiu sistematizar as tarefas que temos que cumprir para tornar nosso sonho de crescer em algo concreto. Hoje, vivemos a realização de uma dessas “visões”, com a ampliação do nosso parque produtivo, que permitirá aumentar nossa produção em quantidade e diversidade e, ainda, explorar novos mercados.

O mais interessante é que quando vemos as coisas acontecerem conforme desejamos, a sensação de realização é ainda maior do que se tudo tivesse acontecido ao acaso, na base da improvisação. Tenho um amigo que costuma dizer uma frase muito interessante sobre isso: “os amadores improvisam e os profissionais planejam”. Acredito que visualizar o futuro é uma ótima maneira de fazer o presente ser como desejamos.

Para quem pretende começar a praticar a visão futura, posso dar dicas rápidas:

  • sonhe com tudo aquilo que deseja para sua empresa. Imaginar objetivos que podem ser alcançados é um ótimo começo.
  • escreva tudo o que sonhou e dê maiores detalhes. Por exemplo, se imaginou um galpão maior para sua empresa, busque descreve-lo como se ele já existisse. Escreva o lugar onde gostaria de construí-lo, seu tamanho, detalhes de sua sala e o que você irá fazer para conseguir isso.
  • estude o mercado de sua atuação e busque as melhores maneiras de concretizar seus desejos. É nessa hora que é preciso avaliar se o seu sonho cabe no seu bolso e quanto tempo levará para se concretizar. É o momento em que se cruzam informações, inclusive, financeiras.
  • operacionalize o que havia escrito com base nas informações levantadas pelo estudo de mercado. Essa é a parte de por a “mão na massa”, por isso é muito importante ter foco e fazer tudo da melhor maneira possível e evitando ao máximo os improvisos, procure seguir o roteiro que criou na etapa anterior.
  • analise os resultados após ter iniciado a operacionalização do seu projeto. Veja se está se aproximando ou se afastando daquilo que havia traçado na fase de escrever. Saber como você está se saindo é tão importante como saber aonde quer chegar.
  • volte a traçar suas ações a partir das informações que colher com a análise de seus resultados. Quanto mais conseguir se alinhar aos objetivos iniciais, menor será a mudança de planos. Mas é preciso reconhecer os erros ao longo do caminho, o que pode trazer correções que garantirão o sucesso do projeto.

Fonte: http://valerianakamura.wordpress.com/2008/04/18/visao-de-futuro/

sábado, 20 de agosto de 2011

Aula 2

Livro: O segredo de Luisa

Descreva com suas palavras: Como Luisa desenvolveu sua visão e identificou uma oportunidade de negócio?

O empreendedor nasce do ato de sonhar

Sonho Realização do sonho

A relação entre os elementos é mais importante do que os dois elementos.

EMPREENDEDORES, QUEM SÃO ELES?

Capacidade de sonhar

Identificação de oportunidades

Conceito de si

Rede de relações.

Conhecimento do setor

O fracasso é visto como um resultado.

Luta contra padrões impostos. Diferencia-se. Tem a capacidade de ocupar um intervalo não ocupado por outros no mercado.

Tem forte intuição. Como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz.

Comprometimento. Ele crê no que faz. Orientado para resultados.

É racional, mas usa também a parte direita do cérebro.

Líder. Sistema próprio de relações com empregados. “Líder de banda”.

Orientado para o futuro.

Dinheiro como uma das medidas de desempenho.

Traduz os seus pensamentos em ações.

Define o que deve aprender (a partir do não definido) para realizar as suas visões (aprender a aprender, proativo). Fixador de metas.

Método próprio de aprendizagem. Aprende a partir do que faz. Emoção e afeto são determinantes para explicar o seu interesse. Aprendem indefinidamente.

Internalidade. Empresa é um sistema social que gira em torno do empreendedor.

Assume riscos moderados.

É inovador e criativo.

Alta tolerância à ambigüidade e incerteza.

O 5° Pilar da educação

Aprender a empreender:

- Conceito de si: aprender a ser

- Liderança e energia: aprender a fazer

- Rede de relações: aprender a conviver

- Conhecimento do setor: aprender a conhecer

Principais Desafios do Empreendedor

Entender o ambiente

Tornar-se líder no ambiente

Promover inovações constantes

Desenvolver relações de confiança

Promover o desenvolvimento de toda a Sociedade

O Empreendedor

Ser um empreendedor é muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de uma montanha, é conhecer a montanha e o tamanho do desafio;

Planejar cada detalhe da subida, saber o que você precisa levar e que ferramentas utilizar;

Encontrar a melhor trilha, estar comprometido com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na sua própria capacidade começar a escalada

Teoria Empreendedora dos Sonhos
Fernando Dolabela

O sonho mencionado é aquele que se sonha acordado, que tem a capacidade de gerar auto-realização e representar um projeto de vida.

Ao buscar a realização do seu sonho, o indivíduo gera uma grande emoção, que produz a capacidade empreendedora.

Empreendedor é aquele que busca.

Da busca da realização do sonho surge a necessidade de conhecimento.

A gerar novos conhecimentos;

Sobre si mesmo;

Sobre o objeto do sonho, sua natureza, o ambiente que se situa e o que influencia;

Técnicas, ferramentas e instrumentos necessários para transformá-lo em realidade;

Como mobilizar recursos que estão à sua volta.

Influências

Os empresários de sucesso são influenciados por empreendedores do seu circulo de relação.

O empreendedor vê nas pessoas uma das suas mais importantes fontes de aprendizado, e não se prende, como profissionais de algumas áreas, somente a fontes “reconhecidas”.

Atividade

Pense numa pessoa que você conhece pessoalmente e considera empreendedora.

Liste, por escrito, no mínimo 5 características empreendedoras que você perceba nela.

As características do comportamento empreendedor

Busca de oportunidade e iniciativa

Persistência

Comprometimento

Eficiência e qualidade

Correr riscos calculados

Estabelecimento de metas

Busca de informações

Planejamento e monitoramento sistemáticos

Persuasão e rede de contatos

Independência e auto-confiança

Fonte: Brasil Entrepreneur 1995

As principais características do perfil do empreendedor

Auto-confiança

Ter consciência de seu valor, sentir-se seguro em relação a si mesmo e, com isso, poder agir com firmeza e tranqüilidade.

Auto-motivação

Buscar a realização pessoal através do trabalho, com entusiasmo e independência.

Elevado poder de comunicação

Capacidade para transmitir e expressar idéias, pensamentos, emoções com clareza e objetividade.

Criatividade

Capacidade de buscar soluções viáveis e melhores para a resolução de problemas.

Flexibilidade

Capacidade para compreender situações novas, estar disponível para rever posições, aprender.

Energia

Força vital que comanda as ações dos indivíduos – capacidade de trabalho - “pique”.

Iniciativa

Capacidade para agir de maneira oportuna e adequada sobre a realidade, apresentando soluções, influenciando acontecimentos e se antecipando às situações.

Integridade

Qualidade do caráter, ligada à retidão de princípios, imparcialidade, honestidade, coerência e comprometimento ( com as pessoas, com o negócio e consigo mesmo).

Liderança

Capacidade para mobilizar as energias de um grupo de forma a atingir objetivos.

Negociação

Capacidade para fazer acordos cooperativos como meio de obter o ajustamento de interesses entre as partes envolvidas.

Perseverança

Capacidade de manter-se firme e constante em seus propósitos, porém, sem perder a objetividade e clareza frente às situações (saber perceber limites);

Persuasão

Habilidade para apresentar suas idéias e/ou argumentos de maneira convincente.

Capacidade de Planejamento

Capacidade para mapear o meio ambiente, analisar recursos e condições existentes, buscando estruturar uma visão de longo prazo dos rumos a serem seguidos para se atingir os objetivos.

Relacionamento interpessoal

Habilidade de conviver e interagir adequadamente com as outras pessoas;

Resistência à frustração

Capacidade de suportar situações de não satisfação de necessidades pessoais ou profissionais, sem se comportar de maneira derrotista, negativa ou confusa;

Sensibilidade administrativa

Capacidade para planejar, executar e gerir através de processos organizados, sistemáticos e eficazes.

Comportamento empreendedor

As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas:

Técnicas

Gerenciais

Características pessoais

Características:

Técnicas: envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe.

Gerenciais: incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle).

Pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz.

Que Empreendedor você é?

Para cada uma das características empreendedoras, reflita como elas estão sendo desenvolvidas em você.

Que características do perfil empreendedor você possui?

Texto 2 para leitura

Um novo negócio não deve ser uma aventura

A abertura de uma empresa sempre estará sujeita a inúmeros riscos, e a chance do negócio fracassar é muito alta. Será que isso é verdade, ou não? É claro que, em se tratando de negócios, o fator risco sempre estará presente. No entanto, tomar a frase ao pé da letra pode fazer parecer que o sucesso de um novo empreendimento seja obra do acaso. E não é.

Muitas pequenas empresas de sucesso têm conseguido bons resultados por causa de uma combinação simples de entender e que na prática representa uma grande percepção e determinação do empreendedor no momento de planejar o futuro negócio. Mas que combinação é essa? Pois bem, esses resultados positivos são frutos de um negócio que foi montado para atender às necessidades do seu público de uma forma coerente. Isso mesmo, esse negócio está explorando uma oportunidade através da oferta de produtos ou serviços adequados ao seu público, em termos de preços, entrega ou distribuição, ambiente, atendimento, qualidade etc.

Vamos detalhar um pouco mais alguns fatores que estão inseridos nesse conceito: uma oportunidade de negócio acontece quando a oferta de uma idéia encontra-se com a necessidade de alguém disposto a pagar por ela. Portanto, antes de tudo, o empreendedor deve estar convencido de que está identificando uma oportunidade de negócio. Para este convencimento, deve procurar caracterizar a oportunidade através de uma imersão no mercado e nas características do tipo de negócio que ele pretende desenvolver.

O exemplo de uma soverteria

Um empreendedor teve a idéia de montar uma sorveteria em uma cidade do interior de São Paulo, principalmente porque percebeu que os dias de calor eram cada vez mais constantes, e que ele próprio gostava muito de um bom sorvete. Todavia, sabendo que seu sentimento pessoal não era suficiente para caracterizar a oportunidade, procurou, primeiramente, identificar na cidade os locais nos quais estavam localizadas as principais sorveterias.

Para conseguir essas informações procurou diversas fontes e descobriu que em um bairro de grande densidade populacional e poder aquisitivo médio, não havia nenhuma sorveteria. Imaginou então que talvez fosse menos arriscado iniciar um novo negócio distante de concorrentes. Decidiu, então, concentrar sua ação de levantamento de informações do bairro.

Todos os dias, ele se dirigia para lá e passava algum tempo observando as pessoas, seus hábitos e conversando com algum morador. Em uma dessas conversas, conheceu um líder de uma associação de moradores, que facilitou o acesso do empreendedor a uma reunião, na qual pôde até distribuir um questionário de perguntas sobre a opinião das pessoas em relação ao negócio. O resultado: ele se convenceu de que sua idéia inicial significava um negócio em potencial. Podia então abrir a empresa? Não, ele sabia também que deveria verificar a viabilidade do negócio e que mesmo uma boa oportunidade pode não ser viável.

Viabilidade do negócio

A verificação da viabilidade do negócio auxilia o empreendedor na identificação de algumas importantes informações, como o prazo de retorno do investimento, o lucro, o investimento a ser feito, o processo a ser desenvolvido, entre outras. Para isso, o empreendedor procurou, entre várias atividades, conhecer negócios similares já em funcionamento.

Fez um curso de sorveteiro, conversou com fornecedores, levantou preços de matérias-primas e equipamentos, detalhou o perfil de seu público, fez simulações financeiras e também um projeto de uma sorveteria que seria a cara do bairro, sendo decorada com fotografias do início da construção da cidade e do local. Com todas essas informações, ele desenvolveu o planejamento do futuro negócio e pôde verificar que apresentava boas chances de dar certo. Além disso, percebeu que gostava do tipo do negócio, o que é muito importante no momento de se abrir uma empresa.

Este empreendedor conseguiu combinar a oportunidade identificada com a coerência do negócio em relação a esta oportunidade. E, é claro, estará iniciando a atividade com muito mais consciência e com menos riscos do que teria se fosse diretamente para a prática. Assim, sempre que tiver uma idéia de negócio, pergunte-se, antes de tudo: estou realmente convencido de que se trata de uma oportunidade? Este é o primeiro passo de uma caminhada que poderá levar ao sucesso no mundo empresarial.

Fonte: http://www.sebraesp.com.br/PortalSebraeSP/Biblioteca/Setores/Multissetorial/Paginas/negocio_aventura.aspx?publicoAlvo=QueroAbrir

Texto para leitura

Por que os novos empreendedores estão mais propensos ao fracasso?

Imagine uma disputa de cara ou coroa em que você tenha apenas R$ 1,00 contra um adversário com R$ 128,00, e que a regra do jogo é que o valor de cada aposta seja igual ao valor possuído por quem tiver menos dinheiro.

Dentro deste contexto, a situação do seu oponente é muito confortável, pois ele não corre o risco de perder tudo logo de cara.

E olha que jogo ingrato: quando se joga uma única vez, a porcentagem de ganho é de 50% para cada jogador, pois ou dá cara ou coroa. Mas quando se joga duas vezes a moeda, o quadro piora, pois passa a haver quatro possibilidades de acontecimentos: sai cara nas duas vezes, sai coroa nas duas, sai cara na primeira vez e coroa na segunda ou sai coroa na primeira e cara na segunda.

Note que com duas moedas há quatro possibilidades de acontecimentos, e que a sua chance de acertar as duas em sequência é de uma em quatro, ou seja, 25%. Logo, o jogador com mais recursos joga com 75% de chance de levar todo o seu dinheiro já na segunda rodada.

A cada rodada a mais, sua chance cai pela metade, enquanto a do seu adversário dobra. Você só jogará com vantagem na oitava rodada. Até a sétima rodada, qualquer fracasso significa perder tudo, e sua chance de ganhar as sete vezes seguidas é de 0,75%, ficando seu adversário com chance de 99,25% de ganhar. Ou seja, 0,75% é a chance do seu adversário perder.

As chances do novo empreendedor

Coloque-se agora no lugar de um empreendedor de primeiro empreendimento, cujos recursos financeiros normalmente são o mínimo necessário para abrir as portas, sem contar com a falta de conhecimento de temas como finanças, marketing e logística, entre outros. Alie-se a isto um ambiente com vários concorrentes, alguns deles já com vários anos no mercado e com ótima reputação junto à clientela.

Quer dizer então que os novos empreendedores não têm nenhuma chance?

Não é bem assim. O que queremos dizer é que antes de se estabelecer, você deve analisar bem o mercado no qual pretende atuar, saber quem é seu cliente, quais os seus desejos, onde ele está e levantar qual o local ideal para que seu cliente venha até o seu estabelecimento. Você deve procurar selecionar bem seus fornecedores. É importante verificar se os preços que você vai praticar e o volume que venderá serão suficientes para pagar sua estrutura de custos e despesas fixas, recuperar o dinheiro investido e ainda gerar lucro.

Podemos dizer que buscar conhecimento é como trocar a disputa de cara ou coroa por um jogo que você conheça bem. Se você e seu adversário conhecem bem o jogo de xadrez, a sua situação se modifica e muito, não acaba com o risco, mas a chance de não haver perdedor passa a ser uma realidade.

Fonte: http://www.sebraesp.com.br/PortalSebraeSP/Biblioteca/Setores/Multissetorial/Paginas/novos_empreendedores_propensos_fracasso.aspx#